Camille Claude + Júlio Pomar
FR : Ce n’était pas facile d’être une femme et encore moins une artiste femme à l’époque où vivait Camille Claudel. Camille Athanaise Cécile Cerveaux Prosper est née à Fère-en-Tardenois, France, le 8 décembre 1864. Fascinée par la pierre et la terre dès son plus jeune âge, elle manifeste très tôt son désir de suivre une vocation artistique. À l’époque, l’école des beaux-arts était interdite aux femmes et Camille étudia dans l’une des seules écoles d’art françaises qui acceptaient les femmes, l’Académie Golarossi. Il y a deux grandes phases dans la vie de Camille : avant et après la mort de son père, Louis Prosper. Louis, de son vivant, l’a toujours financée et soutenue dans son activité artistique. Après sa mort en 1923, elle est internée en hôpital psychiatrique à l’initiative de son frère, le poète et diplomate Paul Claudel, avec l’accord de leur mère. Jusque-là, ça a été une période de création et de présence dans les salons, mais une période créative semée d’obstacles en raison des préjugés machistes en vigueur et de sa relation traumatisante avec Auguste Rodin. Le rêve d’une relation hors du temps avec l’artiste portugais Júlio Pomar reflète notre empathie pour la vie de souffrance de la talentueuse sculptrice française. On aime imaginer qu’elle aurait pu être heureuse avec un homme de la dimension artistique et humaniste de Júlio Artur da Silva Pomar, né à Lisbonne le 10 janvier 1926. Entre celle qui a renoncé à la vie amoureuse et sexuelle à 30 ans, selon ses biographes, et Júlio, une relation de soutien et d’encouragement mutuel aurait pu naître, au-delà de tous les préjugés et chauvinismes dont le légendaire peintre portugais, à notre connaissance, n’a jamais souffert. Pomar a vécu longtemps et laissé une œuvre vaste et incontournable, en peinture, mais aussi avec des développements importants en travail tridimensionnel, sculpture, installation. De Claudel survécurent à peine plus de 90 sculptures que l’on peut visiter au Musée Camille Claudel à Nogent-sur-Seine.
PT : Não era nada fácil ser-se mulher e muito menos artista e mulher na época em que viveu Camille Claudel. Camille Athanaise Cécile Cerveaux Prosper, nasceu em Fère-en-Tardenois, França, a 8 de Dezembro de 1864. Fascinada por pedra e terra em criança, desde muito cedo que revelou o sonho de seguir uma vocação artística. À época, a Ècole des Beaux Arts, barrava a matrícula a mulheres e Camille estudou numa das únicas escolas de artes francesas que aceitavam mulheres, a Académie Golarossi. Há duas fases principais na vida de Camille: antes e depois da morte do seu pai, Louis Prosper. Louis sustentou-a e apoiou-a na sua actividade artística, enquanto viveu. Após o seu falecimento, em 1923, é internada compulsivamente por iniciativa do seu irmão, o poeta e diplomata Paul Claudel, com o apoio da mãe de ambos. Até lá ficava um período criativo e de presenças em salões, muito belos, mas cheio de obstáculos, devido aos preconceitos machistas vigentes, e à relação traumática com Auguste Rodin. O sonharmos um relacionamento intemporal com o artista português Júlio Pomar, traduz a nossa empatia com a vida de sofrimento da talentosa escultora gaulesa. Gostamos de fantasiar que poderia ter sido feliz ao lado de um homem da dimensão artística e humanistíca de Júlio Artur da Silva Pomar, nascido em Lisboa a 10 de Janeiro de 1926. Entre ela, que segundo os seus biógrafos abdicou da vida romântica e sexual aos 30 anos e um homem como Júlio, poderia ter brotado um relacionamento de apoio e encorajamento mútuo, para lá de todos os preconceitos e chauvinismos, de que o lendário pintor português, que se saiba, nunca padeceu. Pomar teve uma vida longa e deixou uma incontornável e vasta obra, de pintura, mas também com importantes desenvolvimentos na tridimensão, escultura e instalação. De Claudel sobreviveram pouco mais de 90 obras de escultura, que podem, ser visitadas no Museu Camille Claudel.
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